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19 abril 2017

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Está tudo bem contigo?

Quando você questiona a alguém se está tudo bem com ela, o que você espera? Certamente, que a resposta seja positiva, correto? Mas você realmente se preocupa com a resposta? Você já pensou se esta pessoa está realmente bem?

Estamos tão envoltos em nosso individualismo, tão excessivamente preocupados conosco que esse tipo de questionamento se tornou um cumprimento que sai no automático, assim como a resposta, sem possuir a real intenção ou essência da pergunta. “Oi! Tudo bom contigo?” - atiro a pergunta - “Tá tudo bem sim! E contigo?” - a pessoa me responde, mesmo que ela esteja extremamente estressada com coisas do trabalho - “Tô bem sim! E sua família?” - pergunto, mesmo que a minha ansiedade esteja presente por culpa de várias questões do meu dia. “Tá tudo ótimo!” - me responde também ignorando as brigas que possui constantemente com a mãe. Você vê? É quase uma necessidade ter que estar bem para os outros, sempre afirmamos, sempre damos respostas positivas.

É por isso que temos um certo choque - mesmo que efêmero - quando nos respondem negativamente. Alguns até podem pensar que virá um assunto tedioso quando, às vezes, a pessoa só precisa desabafar. Que tal ter consciência da importância de ouvir alguém e também dizer o que está sentindo? Claro, não necessariamente para um estranho, mas sabemos que fazemos pouco até daquele que nos é querido. Às vezes a atenção que se pede é necessária, seja para conforto, seja para alívio, seja até mesmo para calmaria. Uma válvula de escape às vezes é isso; um desabafo, seguido pela compreensão e conselho - ou troca de experiências - e logo depois uma conversa produtiva ou divertida. Algo que nos tire o foco do sufoco, da angústia.

Uma coisa: não questione as angústias dos outros, nem tampouco as ignore. Apenas procure compreender, como geralmente você quer que aconteça contigo. Se fosse no seu lugar você faria isso diferente? Conte para a pessoa, sem dizer que aquilo que ela sente é besteira. Aconteceu algo parecido? Conte sua experiência - isso pode confortar a pessoa que desabafa e precisa ouvir algo de volta. Apenas experimente ouvir e dizer o necessário, sem pensar em dizer “verdades” que só atrapalham.

Todos possuímos estresses do dia-a-dia, coisas acumuladas, presas. Cada indivíduo lida com isso de forma diferente, mas jogá-las dentro do armário escuro da mente e deixá-las empilhando não é a melhor maneira. Jogue fora de vez em quando aqueles entulhos bagunçados da mente. Esvaziar esse armário mental se faz necessário, pois o acúmulo de coisas desnecessárias nos adoece. O melhor é estar bem, saber que o outro está bem para que todos possamos viver bem em conjunto. Compartilhar é necessário, ouvir e compreender também.

Eu espero que todos tenham uma ótima semana, que possam ouvir e compartilhar algumas angústias e, em seguida, diversões do dia-a-dia. Mas antes…

Está tudo bem contigo?



Por Tati S.

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